Na última semana, conclui a leitura do clássico 1984, livro de George Orwell (pseudônimo de Eric Artur Blair), publicado em 1949. O citado e polêmico livro narra a história de uma sociedade totalitária, ou seja, amplamente (ou totalmente) controlada pelo governo. O “Partido” implanta mecanismos para controlar o corpo e a alma de cada cidadão relevante para o mesmo, através da vigilância 24hrs por dia dos mesmos e, ainda, de mecanismos que objetivam condicionar o pensamento e as ações das pessoas, o que, por vezes, é alcançado. O “Partido” busca até mesmo suprimir instintos naturais em busca da sociedade que quer construir.
Este livro, que inspirou os reality shows, é polêmico em razão de sua história, que incomoda o leitor, e do conteúdo filosófico nele contido. Ao ler o livro, é impossível não refletir a cerca dos caminhos de nossas sociedades atuais e de tentar de alguma forma estabelecer um paralelo entre a ficção e a realidade. O leitor é levado a pensar se, por acaso, Orwell não buscou deixar algum recado para humanidade através da citada história, tentando, quem sabe, nos prevenir sobre o possível futuro.
Ao terminar de ler 1984, não me contive em ler novamente Admirável Mundo Novo, de Audrey Huxley.
Na sociedade narrada em Admirável Mundo Novo, o governo também controla em demasia as pessoas. No entanto, neste último livro as pessoas na verdade são condicionadas desde a concepção (in vitro). Não existem famílias, sendo que todos os seres humanos são criados pelo governo. A diferença mais chamativa entre a sociedade imaginada por Orwell e por Huxley é que, na primeira, as pessoas vivem com sentimentos de constante privações e repressão, enquanto na sociedade narrada por Huxley, as pessoas tem uma vida confortável, ou ao menos, acredita tê-lo.
Enfim, achei que esses livros mereceram um post sobre eles, então, fica a dica de leitura.